24 janeiro 2012

Manifestação Crueldade Nunca Mais - Pouso Alegre

Sem palavras para expressar a emoção e a energia positiva que senti ao ver tantas pessoas preocupadas e lutando pelo bem estar e proteção de nossos animais. Pessoas de todas as idades, de todas as crenças, de todos níveis sociais, de todas as raças, com e sem necessidades especiais. Na verdade, todos com o mesmo coração.
Só quem se envolve com a causa é que sabe o quanto a luta é difícil: muita tristeza, muito sofrimento, muitas lágrimas, muita preocupação, muito desespero, muita violência e descaso. Mas, graças a Deus e aos amigos protetores, muitas vezes conseguimos transformar nossas tristezas em alegrias, quando vemos um animalzinho se recuperando e tendo a chance de ser feliz. Infelizmente não conseguiremos salvar todos, mas o que depender de nós, faremos o possível para dar uma chance à maioria.
Obrigado a todos que participaram. Unidos vamos conseguir o nosso objetivo. Não podemos desistir de cuidar desses anjos de patas que tanto amamos!
 
Blog: Rapozão, quando você começou nessa luta de proteção aos animais?
Rapozão: Já faz alguns anos, desde quando comecei a adotar animais, aliás, desde quando eles começaram a me adotar. A minha primeira cachorrinha, Janis Joplin foi adotada há cinco anos. Sempre gostei de cachorros e aí comecei a tomar gosto pelos cachorrinhos de rua e comecei a dar uma força para as entidades protetoras e a participar de movimentos.
Blog: Esse movimento que está acontecendo hoje, você acha que fará a diferença ou temos um longo caminho a percorrer?
Rapozão: Eu acho que hoje está sendo um marco histórico. Nunca houve uma manifestação a nível nacional defendendo os animais. É uma coisa inédita e com certeza isso vai surtir um efeito gigantesco na mídia e acho que
 isso causará uma excelente repercussão e além de medo em quem está maltratando os bichinhos.
 
 
Blog: Carla, você como protetora acha que esse movimento vai fazer a diferença?
Carla Viviane: Eu acho que vai fazer a diferença, porque a idéia principal desse movimento é pedir a criação de uma lei mais rígida que desencoraje esse tipo de ocorrência de maus tratos e que puna de verdade quem comete esses crimes. A gente quer chamar a atenção para o problema, mostrar para os políticos que somos muitos. E, a partir de abril, a organização do manifesto fará uma petição pública para angariar 1,5 milhões de assinaturas e, dessa forma, a gente consegue que um projeto de lei entre em votação por iniciativa pública, sem toda aquela burocracia. Eu acho que fará toda a diferença sim.
Blog: O que você tem a dizer às pessoas que não entendem nosso trabalho de proteção aos animais?
Carla Viviane: Eu acho que ninguém é obrigado a gostar, todo mundo é obrigado a respeitar e cada um tem que atuar na causa em que acredita. Todo mundo tem a obrigação de trabalhar para melhorar sua cidade, seu país. Acho que não tem esse negócio de que um é mais do que outro. São todas obras de caridade, não tem essa diferença.
 
 
Blog: Rafa, você tão jovem participando de um movimento tão importante para a cidade e para os animais, o que faz com que você participe?
Rafa Amaral: Na verdade eu sou apaixonada pelos animais, porque mesmo as pessoas dizendo que pessoas precisam de nossa ajuda, os animais não tem voz, não podem se expressar. O que eu posso fazer para ajudar os peludinhos eu faço. Eu vou ser veterinária, se Deus quiser, e vou poder fazer algo mais forte ainda.
Blog: Você acha que esse movimento fará com que as pessoas olhem para os animais com outros olhos, ou é só um grãozinho de areia?
Rafa Amaral: Ah, eu acho que de grão em grão a gente faz um castelo, pode ser que algumas pessoas não dêem valor, porque nos dias de hoje as pessoas não ligam para mais nada. Mas eu acho que a gente consegue, se as pessoas unirem suas forças.
 
 
Blog: Camila, você além de protetora, você recolhe animais como lar transitório. Como é essa experiência para você?
Camila Barbosa: É ótima, porque todos precisam de um lar para ser bem tratado e você oferecendo um lar temporário, não há a obrigação de ficar com eles. Você está fazendo um bem para o animalzinho até ele conseguir uma família. E a gente faz de tudo enquanto ele está em casa e batalhamos por um lar melhor pra ele.
Blog: Esse movimento, você acha que mudará a consciência?
Camila Barbosa: Vai mudar sim, as pessoas estão começando a ter receio da justiça, mas a justiça começar a ser feita. Se Deus quiser vai dar certo.
 
 
Blog: Hélio, o que você já colheu de bom como protetor dos animais?
Hélio da Van: Temos que lembrar que é uma luta difícil. Você; como protetora sabe bem disso, que nós nunca somos ouvidos. Assim como eles que não tem voz, a gente também está lutando há muito tempo, são 30 anos nessa luta. Antes de estar como vereador já procuramos antigos prefeitos e vereadores e nunca houve nenhum que tivesse a coragem de lutar com a gente, lutar por esses animais. Hoje, mesmo estando na condição de vereador, eu percebo muitas dificuldades, muitas críticas e não por parte do prefeito, que já determinou que todo o trabalho seja feito como: conscientização nas escolas, feiras de adoção que já acontecem e, é lógico, a castração que é a nossa luta principal desde o início, já que é o único método de controle populacional de cães e gatos. O trabalho já foi determinado, mas estamos com dificuldade devido burocracia e pessoas que não entendem o projeto.
Blog: Além do Brasil, Miami e Nova Iorque também tiveram manifestações. Você acha que esse movimento mudará a consciência?
Hélio da Van: Acho o movimento muito importante, acho importante muitas cidades aderirem. Acho importante os brasileiros que estão fora do país aderirem ao movimento, principalmente no EUA que já tem leis rigorosas para os maus tratos aos animais, para que nossas autoridades entendem, como foi dito no site Crueldade Nunca Mais, em uma frase muito bonita: “eles não votam, mas nós votamos”. Então é muito importante que nossos deputados saibam disso e é lógico que a manifestação tem que mostrar a nossa cara, somos muitos e queremos mostrar a nossa força. Eu acredito que a manifestação é muito válida. Está de parabéns o pessoal da organização, o pessoal de São Paulo e de Pouso Alegre.
 
 
Blog: Lidiane, qual é o seu trabalho no Bem Estar?
Lidiane Akiyama: Eu coordeno o Bem Estar Animal. Eu faço as recolhas, chefio os veterinários e funcionários e estou à frente desse trabalho.
Blog: O que você acha que a campanha pode mudar perante as pessoas que não aceitam nosso trabalho, nossa luta?
Lidiane Akiyama: Primeiro, a mobilização geral, uma mobilização grande assim, ela volta os olhos das pessoas para o que está acontecendo. Muitas vezes, é o que estamos precisando: que as pessoas olhem pra essa situação com a devida importância, com carinho por aquilo que estamos lutando, porque estamos lutando por aqueles que não falam. Conscientizar a sociedade disso: que eles não falam e precisam de vozes, que precisam ser cuidados e respeitados.

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